sábado, 18 de agosto de 2007

Sem Fogos

Meio Aéreo


Ano 2006: área ardida, 75.5140 ha
Ano 2007: área ardida, 5.086 ha

O verão ameno que tivemos este ano, foi determinante para a extraordinária redução da área ardida. Porém, à organização preventiva optimizada pelo governo, devemos também reconhecer mérito.

Mas, um novo espaço florestal deve iniciar-se na zonas abandonadas onde a sustentabilidade conviva com a regeneração natural, contemplando as espécies autóctones que, por este país fora, abandonadas à sua sorte, com estoicismo e perseverança, sobrevivem na titânica luta com as espécies introduzidas, infestantes, predadoras e susceptíveis ao fogo.

5 comentários:

Terra e Sal disse...

Sinto a sua felicidade Senhor Marechal!

Efectivamente para sua satisfação este Verão foi muito fraquinho, quando afinal, os meteorologistas, anunciavam um verão quentíssimo e devastador.
Ainda bem que regista estes números com prazer. Penso que o regozijo é compartilhado por todos os portugueses.
A coisa até hoje tem andado serena em relação a anos transactos e teoricamente a fase difícil já foi ultrapassada.

Reconheço que houve grande preocupação do ex-ministro António Costa na prevenção e até nos meios adquiridos para reduzir as hipotéticas catástrofes que têm abalado a nossa já tão depauperada floresta.
Depois, e embora leigo na matéria penso que o nosso país não é compatível com o arvoredo predominante, e pouca gente se preocupa com isso.
Só o medo dos incêndios é que nos faz pensar e falar na floresta. Depois de passar a fase crítica mais ninguém se lembra dela.

Na nossa zona é chocante ver-se milhares e milhares de hectares com plantações de eucaliptos, parece que não se vê mais nada, e todos sabemos que aquilo é “petróleo” quando deflagra um incêndio.
Depois, segundo li, o eucalipto arrasa e seca os solos, cada um por dia bebe litros e litros de água. Um eucalipto com o diâmetro de um metro, bebe cerca de 30 litros de água por dia.
Mais vale manter um burro a pão de ló.
Bem, não será bem assim, porque muitos burros já nós vamos mantendo por aí...

O eucalipto foi introduzido, parece-me, pelo Dr. Jaime Magalhães de Lima.
O homem era um apaixonado por estas árvores (são árvores?). A “sua” quinta, hoje pertença da Portucel, sita no alto da freguesia de Eixo, quem vai para a freguesia de Oliveirinha, dizem ter mais de cem variedades de eucaliptos.

Bem, já vou longo.
Penso que até mesmo os pinheiros porventura os de maior implantação nas nossas áreas florestais, e que remontam a tempos ancestrais, não são mesmo assim as árvores adequadas,ao nosso clima e solo, não sei.

O que interessa é que os números de incêndios diminui, e em termos estatísticos são razoáveis.
Isso, naturalmente, é motivo para todos nos congratularmos.

Ó senhor Marechal, já agora e voltando atrás…
Cá para mim o meteorologista que anunciou um verão abrasador, era do CDS ou do PSD. Mentiu só para o governo puxar dos cordões à bolsa na compra de equipamentos, para a seguir nos vir chatear outra vez, com aumentos de impostos.

Um abraço de amizade e consideração Senhor Marechal

Marechal Ney disse...

Do antigamente, retemos a imagem de um pinhal visitado em permanência, com assiduidade, limpo de lenhas, de mato, no qual os pinheiros séniors, dominantes, garbosos e envaidecidos, ostentavam nos seus fustes, tal qual um ventre, as bicas da resina, alvas e cintilantes, constituindo um espectáculo inesquecível.
Hoje, á luz dos nosso tempo, das novas mentalidades, das imposições economicistas e ambientais, torna-se necessário construir uma nova relação com a floresta, aproximando-a das populações, mais particularmente interessadas e, enfim, dos cidadãos em geral.


Do Marèchal Ney

Terra e Sal disse...

Pela sua ausência já vi que abalou para lugar mais fresco, Senhor Marechal.
E eu que pensava que o calor tinha passado.
Uma desgraça na Grécia que vive uma situação desesperada, e por cá parece que a coisa ainda não findou.
Só vou gozar uns dias de férias lá para meados de Setembro meu Caro Marechal.
Gosto de paz e sossego e não ter nada a distrair-me, muito menos o calor, para apreciar e saborear descontraidamente aquilo que aprecio.
Já viu que a maioria do pessoal quer o "Agosto" e depois chegam à nossa arejada Aveiro a lamentarem-se dizendo " até pensava que ia morrer etc..."mas todos os anos repetem a dose do Agosto...
Vim cá porque achei estranho ter encontrado o seu avião no mesmo sítio,até pensei cá para mim:"olha o Marechal deve ter mandado vir este na "leva" dos do governo, e ou não tem também a papelada pronta para o pôr a voar, ou as "letras" não foram ainda avalizadas por um qualquer banco e os fornecedores retiveram os papeis, ou ficaram com as chaves da ignição, até tudo estar em conformidade...
Bem, mas se não é por isso, é bom sinal ele estar ali estacionado, vê-se que não foi reclamado para lado nenhum
Abraço Comandante.

Susana Barbosa disse...

Partilho com convicção, das preocupações ambientais por aqui enunciadas.
Boas férias, se for o caso, e um abraço.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Gostei muito do tema da sua postagem.
Parabéns.
Bom começo de semana.

Beijinhos com sabor a mar.

Fernandinha