sábado, 18 de agosto de 2007

Sem Fogos

Meio Aéreo


Ano 2006: área ardida, 75.5140 ha
Ano 2007: área ardida, 5.086 ha

O verão ameno que tivemos este ano, foi determinante para a extraordinária redução da área ardida. Porém, à organização preventiva optimizada pelo governo, devemos também reconhecer mérito.

Mas, um novo espaço florestal deve iniciar-se na zonas abandonadas onde a sustentabilidade conviva com a regeneração natural, contemplando as espécies autóctones que, por este país fora, abandonadas à sua sorte, com estoicismo e perseverança, sobrevivem na titânica luta com as espécies introduzidas, infestantes, predadoras e susceptíveis ao fogo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

As curvas



E, porque é um assunto da nossa actualidade política da nossa terra, permitimo-nos transcrever texto hoje publicado no DA, sobre as curvas de Stª Joana.

As Curvas de Santa Joana

Talvez ufano, na gestão do acontecimento estival que constituiu a travessia do ferry para S.Jacinto, como todos sabemos, autêntica epopeia, só com parâmetros semelhantes na saga dos Descobrimentos, eis que, em declarações ao Jornal de Aveiro, o dr. Élio Maia, aparece como protagonista fortuito, a invectivar o dr. Marques Pereira, acusando-o, entre outros epítetos, de desrespeitar a vontade popular de duas freguesias do nosso concelho.
O dr. Marques Pereira, jamais nos delegaria qualquer competência que visasse a sua defesa política. Disso, manifestamente não precisa, como claro ficou no seu comentário, publicado na 2ª feira, nas páginas deste jornal.

Mas, o que fundamentalmente nos anima e nos motiva para realizar esta intervenção é o patético mau gosto estético adoptado na construção da abordagem à questão das avenidas, pelo dr.Maia. O facto político que procurou criar, padeceu desde logo, de grave enfermidade, dado que, foi estruturado visando o ataque pessoal ao Vereador Socialista, subalternizando o que é importante, o futuro das populações das freguesias de S. Bernardo e Santa Joana, e, em última instância, hipotecando o desenvolvimento da nossa cidade.
Para as freguesias de S. Bernardo e de Santa Joana, estavam previstas pelos executivos do P.S., duas avenidas, superiormente concebidas por técnicos de competência inatacável. Lineares e estruturantes. Voltadas para o futuro, para a expansão, integradas no desenvolvimento natural da cidade, que claro, expandir-se-á em primeiro lugar, para as zonas de maiores afinidades estruturais, sociais e geográficas. A existência de amplas avenidas em S. Bernardo e Santa Joana, traria a estes locais, o desenvolvimento, o cosmopolitismo, a valorização dos bens e a recorrentemente proclamada qualidade de vida.

Concluímos pela intervenção do Sr.Presidente Maia, que S. Bernardo não terá avenida, e que os seus moradores terão que suportar o trânsito automóvel, na sua via principal, que poderia ser transformada num belíssimo boulevard.

Ficamos ainda a saber em definitivo, que a avenida de Santa Joana terá curvas e contra curvas, contornando interesses, visões rústicas e campesinas, em notório prejuízo da referência de desenvolvimento.
Compreendemos o sentimento que assiste o dr. Marques Pereira, quando refere que, para satisfazer poucos, muitos foram prejudicados.
Os actuais e os anteriores dirigentes destas freguesias possuem, no nosso entender, uma visão imobilista do desenvolvimento, patenteando manifesta dificuldade em olhar para o horizonte, que deles se afasta sempre que de alguma maneira, dele se procuram aproximar.

A minoria que estabeleceu com o beneplácito do Executivo Municipal e das juntas de freguesia afins, a inexistência de uma avenida em S. Bernardo e a opção pela curvilínea via em Santa Joana, perdeu uma oportunidade histórica.

Seria naturalmente indemnizada, adquiriria singular oportunidade de ter os seus bens noutro local, melhor localizados e concebidos, mais modernos, corrigidos dos lapsos e erros impostos pela passagem do tempo, com melhor arquitectura e ainda saboreariam a satisfação de ter participado num projecto cujo objectivo último era o benefício do colectivo, a modernidade.
A miopia dos nossos autarcas, isso impediu.

Ao serem confrontados com esta realidade estala-lhes o verniz, abrindo-se uma brecha através da qual, vislumbramos comportamentos, atitudes e enfim, vimos a alma daqueles que, habilmente, lá vão disfarçando o que lhes vai no íntimo.

Mas, o discernimento impõe-nos o optimismo, a esperança. Este executivo, como as árvores de folha caduca despir-se-á, terá o seu Outono.
Os aveirenses aguardarão a primavera que celebrarão com incontido júbilo.

Aveiro, 08.08.2007

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Os Descobrimentos




Assistimos hoje à descoberta, ao achamento.

À descoberta do caminho marítimo para a S. Jacinto, depois de tantas e tantas tormentas, por mares nunca dantes navegados, eis-nos na ocidental praia.

Por Vaz Camões, aguardamos a catata da saga, em Lusíadas II .